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Não Comece O Que Não Pode Ser Feito

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Muitas equipes ágeis enfrentam um dilema quando pegam uma nova estória no final de um Sprint. Ainda há um tempo restante, mas não é suficiente para terminar essa nova estória. Uma discussão interessante no grupo Scrum Development tenta encontrar algumas soluções para essa questão.

De acordo com Alan Shalloway, que iniciou a discussão,

O que acontecerá se você fizer algo pela metade? Agora você tem um excesso (estórias incompletas no próximo sprint). Se você já tiver uma situação de excesso como essa, adicionar a nova estória não é uma boa idéia. Eu preferiria receber ajuda de um desenvolvedor para fechar outras estórias que, de outra forma, poderiam também transbordar para um sprint futuro. O trabalho em andamento tem um efeito negativo. Nós queremos diminuiressa situação, e não aumentá-la.

A idéia parece ser que, ao invés de iniciar uma nova estória, deveria-se dar mais foco na finalização de estórias que estão perto de serem completadas e adicionar valor ao produto.

Rob Park sugeriu que algumas estórias não finalizadas transbordadas para o próximo sprint poderia ser um sinal saudável. Isso sugeriria que a equipe está trabalhando numa boa velocidade. Se não houver trabalho em andamento, pode indicar falta de comprometimento da equipe e que há tempo ocioso no final do sprint.

Jose M Beas disse que se há uma estória que não pode ser finalizada em um sprint, ela deveria ser quebrada em partes menores. Dessa forma, ao invés de ter uma estória grande e não finalizada, a equipe poderia ter pequenas estórias terminadas. Um post relacionado no InfoQ também sugere a quebra das estórias em partes menores como uma opção viável para tratar essa situação.

Ron Jeffries acrescentou que, apesar de ele concordar que não é bom levar sobras, iniciar uma estória e levá-la inacabada para o próximo sprint não é muito diferente de levar uma estória não finalizada para a próxima semana, dentro do mesmo sprint. De acordo com ele, se não houver tarefas suficientes para serem terminadas até o final de um sprint, começar uma nova estória não parece uma má idéia.

Philip Cave também expôs seus pensamentos de uma forma bem parecida. De acordo com ele

Minimize o trabalho em andamento (WIP - do inglês Work in Progress), mas sempre precisamos tê-lo... qualquer processo deve ser alimentado apenas com a quantidade certa de esforço (também conhecida como Trabalho Padrão em Andamento [SWIP - do inglês Standard Work in Progress]), caso contrário sua "linha de produção" pode tornar-se apática. Um dos objetivos dos tempos definidos (time boxes) nos métodos Ágeis é criar SWIP (para ajudar a gerenciar nosso fluxo), e outro é criar intervalos de feedbacks curtos com o cliente (à prova de erros) ... permitindo-nos, assim, definir a quantidade certa de trabalho e entregar valor o quanto antes.

A maioria dos agilistas da discussão concordaram que estórias não finalizadas são muito comuns. Durante o planejamento do próximo sprint a pontuação da estória não finalizada deveria ser ajustada de acordo com o trabalho que ainda precisa ser feito.

Então o que podemos fazer no final do sprint ao invés de iniciar uma nova estória?

Alan sugeriu ,

Usar o tempo disponível escrevendo testes para as estórias seguintes, fazendo análises curtas, ou acertando alguma coisa que você sabe que pode ser melhorado.

Philip Cave sugeriu que as equipes deveriam levantar questões relevantes para elas próprias para gerenciar seus SWIPs:

Se chegamos perto do final do ciclo e os pontos das novas estórias nos indica que não caberão nesse sprint, é hora de perguntarmos se ... podemos pegar uma estória menor ... podemos marcar a retrospectiva agora mesmo com o cliente ... se podemos iniciar uma "análise" de uma nova estória para o próximo ciclo ... ou se podemos fazer alguma outra coisa ...

Portanto, o recado em comum é que antes de iniciar uma nova estória, a equipe deveria avaliar algumas opções que poderiam adicionar mais valor ao produto. Se a alternativa de iniciar uma nova estória for a que mais agrega valor, então não devemos ter medo de levá-la inacabada para o próximo sprint.

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