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Precisamos de um Papel de "Líder de Equipe Ágil"?

Patrick Wilson-Welsh, Chris Beale, Gary Baker, John Huston, Daryl Kulak e outros estão tentando popularizar a ideia de um novo papel, o "Líder de Equipe Ágil", em substituição aos papéis de liderança existentes que normalmente rodeiam equipes ágeis.

Nas palavras de Wilson-Welsh:

Estamos deliberadamente tentando apagar o velho papel de gerenciamento de equipes ágeis e sua responsabilidade rotulada como o Scrum Master e o Gerente de Projetos, que cada vez mais acreditamos estarem fundamentalmente defasados. Achamos que a controvérsia sobre este assunto deve-se justamente aos inconvenientes da empresa: a colcha de retalhos que se tem com a gerência de equipe ágil, a gerência do projeto, os clientes e proprietários do produto e a gestão de melhoria do processo resulta em mais buracos que um queijo suíço.
...
Seja você contra ou a favor, o fato é que precisamos de uma mudança de paradigma envolvendo a liderança em equipes ágeis. Nós precisamos de uma liderança que possa ser mais consolidada, mais focada, mais definida e mais adequada à dialética entre as necessidades internas da equipe e as necessidades externas dos clientes e stakeholders. Nós precisamos de uma pessoa que possa ser responsabilizada na medida em que a autoridade da equipe ágil e a responsabilidade são, de fato, congruentes.

Segundo ele propõe, esta pessoa seria um "Líder de Equipe Ágil". Wilson-Welsh ainda prossegue em apresentar um esboço sobre o que se esperaria de tal papel. Uma visão resumida deste (já resumido) esboço inclui as seguintes cinco categorias de responsabilidade:

  • Liderança Contínua
    A compreensão do lugar da equipe dentro dos objetivos organizacionais, sendo um ponto único de liderança (para a equipe) e responsabilidade (para os stakeholders), criando um "ambiente seguro" no qual a equipe possa trabalhar, aumentando a confiança e o respeito entre a equipe e os stakeholders, além de melhorar continuamente a coesão da equipe.
  • Planejamento Contínuo
    Garantir que a equipe seja cada vez mais capaz de se realizar seus próprios compromissos já estabelecidos, garantir que todas as coisas estejam sempre "grandes e visíveis", gerenciar métricas, reconhecer a "culpa" no plano (ao invés de atribuí-la às pessoas) e garantir o atendimento às mudanças no plano.
  • Execução Contínua
    "Monitorar/gerenciar a velocidade/taxa de entrega da equipe", assegurar recursos, remover e escalonar impedimentos. Por fim, "manter o fluxo, o momentum e o foco da equipe".
  • Redução Contínua de Risco
    Identificar riscos e deixar seu "impacto potencial grande e visível para as pessoas certas", garantir que a redução de riscos aconteça e quantificar a efetividade do gerenciamento de riscos.
  • Melhoria Contínua (Agile Coaching)
    Comandar as "melhorias acerca das Definições de Pronto como um todo", saber identificar e dedicar a devida atenção às quedas de desempenho, facilitar as melhorias na equipe nas áreas certas e ajudar a equipe no aprendizado de boas práticas emergentes onde quer que elas estejam.

O feedback inicial sobre esta iniciativa é misto. Abby Fichtner (aka, "The Hacker Chick" ou "A Garota Hacker") e John McFadyen ambos apoiam as ideias de Wilson-Welsh, mas se questionam no que um papel de "Lider de Equipe Ágil" difere de um "Scrum Master". Abbey destaca ainda como o pensamento de "a liberdade levando a falhas" depreendido das responsabilidades descritas a fazem lembrar da apresentação de Jared Spool no Agile 2009 na qual ele destacou 3 características comuns de muitos dos projetos "descontroladamente bem sucedidos".

Tobias Mayer discorda deste conjunto responsabilidades sendo determinante para seleção de pessoas quando diz que "cada membro da equipe precisa" encarnar as virtudes descritas por Wilson-Welsh. Segundo Mayer:

Criar um "papel" de líder de equipe é o início de uma jornada de volta ao comando-e-controle. É um aspecto do vigilantismo; uma desculpa para não facilitar o real desafio de se consolidar uma equipe como um líder de verdade faria.

E você, o que acha? Um papel com esta definição poderia ser útil? Se sim, como este esboço de definição poderia ser melhorada? Ou tratar-se-ia de um papel redundante, ou quem sabe não seja de fato uma ideia ruim (como Mayer propõe)?

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