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Certified Scrum Developer: Entrevista com o instrutor oficial Martín Alaimo

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Recentemente a Scrum Alliance liberou um novo programa o Certified Scrum Developer. Este programa, diferente dos anteriores, está focado em atender a demanda de capacitação e certificação dos membros de um time de uma equipe Ágil.

Semanas atrás tivemos a oportunidade de entrevistar Martín Alaimo durante sua estadia em São Paulo. Ele é uma das poucas pessoas capacitadas a ministrar esse curso no Brasil e Argentina, com o qual esclarecemos varias dúvidas.

Bio: Martín Alaimo
Certified Scrum Professional, Agile Coach & PMP.
Graduado em Análises de Sistemas de Informátições, especializado em gestão  de projetos com mais de 12 anos de experiência profissional na área e implementando metodologias ágeis em empresas multinacionais reconhecidas a mais de 6 anos. Atualmente desde o surgimento da Kleer , oferecendo serviços de Coaching e Treinamento em Scrum. Sócio fundador da Kleer, Consultor titular de Agilar Argentina e membro de Agiles.org.

Perfil no Linkedin: http://ar.linkedin.com/in/malaimo

Do que se trata o Programa “Certified Scrum Developer” (CSD)?

Trata-se de um treinamento intensivo em  Scrum de 5 dias de duração, que surgiu em 2009 e é constituído de um mínimo de 3 cursos. O programa começa com uma introdução exploratória das Metodologias ágeis e Scrum, e continua com a aprendizagem das principais técnicas de planificação, estimativa, priorização e desenvolvimento e finaliza com a construção de um produto real de desenvolvimento de software ágil onde os alunos colocam em prática cada um dos conceitos aprendidos.

Qual é o perfil das pessoas que deveriam realizar este curso?

É uma certificação orientada ao desenvolvimento de software, sem se importar se possuem conhecimentos prévios de Scrum.

É necessário contar com um background técnico para poder realizar o programa?

Os primeiros cursos de treinamento estão orientados a conhecer e utilizar as principais ferramentas de Scrum desde o ponto de vista da planificação do projeto. Nos cursos restantes, trabalham-se práticas e técnicas específicas da engenharia do software, neste último  é necessário que o aluno saiba programar.

Após o participante realizar o curso e se certificar, quais deveriam ser seus próximos passos para se aprofundar em desenvolvimento ágil?

Hoje em dia, graças à internet é muito mais fácil nos mantermos atualizados. Eu sempre recomendo conhecer as últimas tendências, visitar blogs, participar das reuniões ágeis que se realizam, envolver-se na comunidade ágil, ler livros, etc. Mas sempre o mais importante é a experiência prática e buscar como implementar ágil no trabalho do dia a dia.

Você acredita que, em um contexto ideal, o curso deveria ser focado em cada uma das plataformas de desenvolvimento ou pode ser tudo unificado em uma?

Creio que num contexto ideal, o curso deveria ser independente da plataforma. Existe os sistemas denominamos technology agnostic, quer dizer, independência das técnicas das ferramentas e linguagens. O objetivo é formar melhores profissionais, que possam se empenhar de forma ágil em qualquer contexto, hoje é Java, amanhã .NET... isso não importa, os princípios e as práticas permanecem invariáveis.

Três dias de curso são realmente suficientes para ensinar todos os conceitos relacionados a ATDD?

Em três dias podemos conhecer e por em prática os conceitos de TDD (Test Driven Development), ATDD (Acceptance Test Driven Development), Integração continua, Configuration Management, etc, converter-se a um especialista no tema leva prática e requer que cada um enfrente seus próprios desafios em seu dia a dia. O curso prepara os assistentes para que seus primeiros passos sejam satisfatórios.

Como deveriam ser introduzidas as técnicas aprendidas no curso em uma empresa que não as emprega?

Há diferentes padrões dependendo do contexto. Em um novo projeto de software poderia  começar implementando todas as práticas. Em um projeto já existente, minha recomendação é fazer uma implementação começando pelo versionamento do código e uma Integração Continua que só verifique a compilação do produto. Logo incorporar TDD em forma bottom–up, começando a implementar TDD para os bug-fixes que puderam aparecer, logo estendê-lo a novas funcionalidades e por último implementar ATDD.

Nesta certificação, podemos considerar algo mais do que uma introdução a desenvolvimento ágil com Scrum?

Definitivamente sim. Esta certificação inclui outras práticas ágeis de desenvolvimento que excedem o alcance de Scrum em si, e que vem desde os tempos de XP. E além disso, não busca só apresentar conceitos teóricos, e atuar em situações concretas que permitam aos participantes experimentar o que significa desenvolver um projeto utilizando o ponto de vista ágil.

Como o mercado de trabalho está reagindo a este tipo de certificações?

Mais que o mercado de trabalho, preferiria me referir a indústria de desenvolvimento de software, temos visto e participados de profundas mudanças em empresas de desenvolvimento de software que estavam buscando a maneira de desenvolver melhor software e incrementar a qualidade do produto, demonstranto o interesse desde a correção de bugs até a implementação de features. Na Kleer ditamos cursos sobre desenvolvimento ágil desde muito antes do surgimento da certificação CSD. É certo que estes cursos agora façam parte de uma certificação, é permitido que as corporações oficializem o currículo dentro de seus planos de capacitação e nos permitam chegar a uma maior quantidade de profissionais que estão em busca de melhorar a forma que suas organizações criam softwares.

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