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A Adobe não vai mais desenvolver o Flash para dispositivos móveis

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A Adobe decidiu encerrar o desenvolvimento do Flash para navegadores móveis. A partir de agora a proposta da empresa é concentrar seus esforços na criação de ferramentas para aplicações móveis nativas e explorar o desenvolvimento HTML5 em suas principais ferramentas.

A empresa pretende apresentar mais detalhes sobre a estratégia para o futuro em uma reunião com analistas financeiros que acontece hoje, 9 de novembro em Nova York. A Adobe delineou os principais pontos da estratégia em um comunicado à imprensa, mencionando a canalização de recursos para aumentar o investimento em desenvolvimento com HTML5 através das ferramentas Dreamweaver, Edge e PhoneGap, bem como um ajuste de seus planos para a tecnologia Flash:

Vamos concentrar os recursos da nossa equipe de Flash em oferecer as experiências mais avançadas na web, incluindo jogos e vídeos de alta qualidade, além de aplicações móveis.

Os parceiros da Adobe começam a mudar o planejamento em relação ao Flash. A seguir um trecho de um post descrevendo o planejamento da ZDNet, uma empresa parceira da Adobe:

Nosso trabalho futuro com Flash em dispositivos móveis será focado em permitir que os desenvolvedores empacotem suas aplicações nativas com Adobe Air nas principais lojas de aplicativos móveis. Não vamos mais adaptar o Flash Player para novas versões de navegador, sistema operacional ou mesmo para configurações específicas de dispositivo. O licenciamento de uma parte do nosso código permite que desenvolvedores optem por continuar o trabalho lançando suas próprias implementações. Vamos continuar apoiando o Android e o PlayBook, com correções críticas e atualizações de segurança.

Essa movimentação da Adobe já era esperada. Nos últimos tempos, alguns sinais apontam para o fato de que a Adobe precisa fazer algo radical em relação ao Flash. Para se ter uma ideia sobre a situação dessas tecnologias em relação à evolução do HTML5, veja os artigos HTML5 vs Flash: onde está a Adobe? e Qual é o futuro de Flash e Flex? (ambos em inglês) publicados no InfoQ.com.

Um primeiro sinal de alarme para o Flash, é claro, veio da Apple em 2007, com a decisão de não incluir o Flash no iPhone. Um post contundente de Steve Jobs, Pensamentos sobre o Flash, explica que o Flash consome recursos demais dos smartphones e a Adobe não conseguiria evoluir a tecnologia para esses tipos de dispositivos. O fato de a Adobe só lançar o Flash para Mobile em junho de 2010, para Android, confirmou que a empresa não conseguia acompanhar o ritmo e a evolução do mercado de smartphones.

A Adobe agora tem uma estratégia dupla: aplicações nativas móveis e HTML5. Recentemente, a empresa comprou a Nitobi, criadora do PhoneGap. (O PhoneGap é um framework de desenvolvimento móvel, open source e cross-platform, com a estratégia de gerar aplicações nativas a partir de HTML e JavaScript.) Ao mesmo tempo, a empresa pretende investir mais em ferramentas para HTML5, para garantir o seu espaço nesse segmento de soluções web.

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