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Adoção Agile no setor público: FBI e o Porto de Roterdã

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O setor público está, cada vez mais, usando metodologias ágeis a fim de desenvolver software dentro do orçamento, no prazo, e se tornar mais flexível e adaptativo às mudanças. Veja a seguir como a adotação de conceitos ágeis pode ser uma solução para as necessidades do setor público e dois estudos de caso que mostram como o desenvolvimento ágil tem sido usado para o FBI e no Porto de Roterdã, na Holanda.

No artigo "com cortes de orçamento, federais mudam para o desenvolvimento ágil" veiculado nas notícias de TI no Governo no Computerworld, o editor sênior Patrick Thibodeau afirma que existe a necessidade das agências federais dos Estados Unidos usarem métodos ágeis de desenvolvimento de software:

Gerentes de TI estão mudando para o desenvolvimento ágil para acelerar projetos e mostrar valor de forma mais rápida. Os dias dos grandes, pesados e demorados projetos de TI governamentais podem estar lentamente acabando.

Os orçamentos de TI estão reduzidos nas agências, e estas precisam operar com orçamentos de curto-prazo, já que orçamentos anuais ainda não foram aprovados. Essas incertezas nos orçamentos fazem com que as agências governamentais procurem por novas maneiras de planejar e gerenciar seus projetos de TI:

A metodologia ágil dá ênfase à colaboração entre desenvolvedores, gerentes e clientes - qualquer um com participação nos resultados do projeto - assim como nos ciclos do desenvolvimento iterativo, que produzem entregas com pequenos incrementos.

Matthew Weigelt e Camille Tuutti descrevem no FCW como o desenvolvimento ágil pode ajudar o setor público a gerenciar requisitos em evolução. O artigo Indo para o ágil? Deixe seus gerentes de TI preparados, começa exemplificando problemas que têm relação com a abordagem tradicional, no modelo cascata.

Por muito tempo, o governo tem sido prejudicado por projetos de TI descontrolados, que esbanjaram bilhões de dólares e atrasaram, diz o CIO Federal Steven VanRoekel e Joe Jordan, administradores do Escritório de Política de Aquisições Federal, em julho de 2012 no OMBlog. No momento em que algumas das iniciativas de tecnologia foram liberadas, já estavam obsoletas.

"Em muitos casos, essas falhas podem ser rastreadas e tem como origem o processo demorado de aquisição e os esforços de desenvolvimento de TI que visam entregar enormes sistemas ao longo de anos, ao invés de prover novas funcionalidades de uma maneira incremental - como o setor privado faz", escreveram VanRoekel and Jordan

O desenvolvimento ágil pode ajudar as agências governamentais a gerenciar melhor seus projetos de software:

Metodologias ágeis entregam projetos mais rápidamente, "ao invés de realizar uma longa e demorada análise e construir algo que o cliente não precisa"

Outro aspecto importante do desenvolvimento ágil é a oportunidade de identificar problemas no projeto enquanto ainda existem oportunidade de corrigí-los. Escolhendo o desenvolvimento ágil, oficiais estão aceitando a importância da comunicação constante com os interessados no projeto, dentro e fora do governo, para incorporar as mudanças e resolver qualquer problema que apareça pelo caminho.

O artigo "como o FBI prova que o ágil funciona para agências governamentais" de Jason Bloomberg, encontrado em CIO.com é um exemplo do uso de metodologias ágeis no setor público. Bloomberg descreve a maneira que o projeto sentinela do FBI foi modificado e colocado novamente nos eixos através do uso de metodologias ágeis de desenvolvimento de software:

[O CIO do FBI Chad Fulgham] mudou para uma abordagem iterativa Scrum que levou à sprints de duas semanas, uma prática fundamental do Scrum. A equipe de Fulgham controlou o projeto, ficou dentro do orçamento reformulado em $451 milhões e atribuiu às metodologias ágeis a possibilidade de entrega do projeto.

Jason se refere à um relatório no qual o Escritório Governamental de Contabilidade investigou várias iniciativas ágeis de agências governamentais estado-unidenses. O relatório já havia sido previamente coberto pelo InfoQ em Guias governamentais para adoção às metodologias ágeis.

Josh Foley também apresenta no texto Projeto Sentinela do FBI: 5 lições aprendidas, como o desenvolvimento ágil ajudou o FBI. Uma das licões aprendidas do trabalho foi que "O desenvolvimento ágil gera resultados".

O pensamento era que uma abordagem prática e incremental seria mais rápida porque a funcionalidade seria desenvolvida, além dos ajustes feitos, em sprints de duas semanas. O FBI perdeu a data prevista para terminar esse trabalho - setembro de 2011 - mas credita a metodologia ágil o sucesso do projeto.

Outra lição aprendida no projeto do FBI é que o desenvolvimento ágil economiza dinheiro para o governo:

[Fulgham e Johnson] ficaram dentro do orçamento que lhes foi dado. (...) Desenvolvimento ágil não foi somente mais rápido, mas também mais barato.

Outro exemplo de adoção do ágil no setor publico vem da Holanda. O artigo "CIO Lourens Visser mantém os sistemas do Porto de Roterdã em forma", de Mark Chillingworth no CIO.co.uk mostra como metodologias ágeis têm sido usadas para desenvolver softwares para gerenciar o Porto de Roterdã. Chillingworth cita o CIO Lourens Vissers, que explica a necessidade de mudar o modo como a TI é gerenciada:

"Quando o plano de visão do porto saiu, senti que tínhamos que ter uma estratégia de TI para seguir. Projetos anteriores eram atendidos em fila - o primeiro a chegar era o primeiro a ser atendido. Além disso, o orçamento de manutenção estava crescendo e eu buscava inovação."

Baseado nos requisitos do negócio, a decisão foi adotar metodologias ágeis para o desenvolvimento interno de um novo sistema de informações:

Provavelmente o maior resultado das transformações de Visser foi o desenvolvimento do sistema de informações: Harbour Master Management and Information System (HaMIS), que substitui uma solução de 19 anos. HaMIS está sendo desenvolvimento pela própria equipe de Visser. (...) a equipe de desenvolvimento adotou práticas de desenvolvimento ágil e, para garantir que a qualidade do projeto fosse alta, o Porto de Roterdã criou uma parceria com o Grupo de Melhoria de Software (SIG) para atuar como avaliadores independentes de código Java, durante o desenvolvimento.

Adotar metodologias ágeis ajudou a divisão de TI do Porto de Roterdã a colaborar com seus clientes internos:

Um benefício, diz Visser, é que a divisão de TI agora interage muito mais com o resto da organização."Somos vistos tanto como um departamento governamental e uma empresa de consultoria e somos também como uma empresa de serviço público com uma grande quantidade de recursos", complementa Visser.

Em suma, ambos os estudos de caso, demostram que cada vez mais, o setor público tem sido bem sucedido na adoção de metodologias ágeis, produzindo software dentro do orçamento, prazo e tornando-se mais flexível e adaptativo às mudanças.

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