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Cultivando times de alta performance em enorme crescimento

Para apoiar seu enorme crescimento, a N26 compartilhou uma imagem sobre o que e como trabalhar, além de como organizar a estrutura da empresa. Chamado de Target Operating Model, a estratégia ajudou a empresa a crescer enquanto maximiza a autonomia e o alinhamento da equipe. Na QCon New York 2019, Patrick Kua, cientista-chefe da N26, falou como é cultivar equipes de alto desempenho em uma organização que está passando por um enorme crescimento. O N26 tem funcionado com o rápido aumento de clientes. Para suportar esse crescimento, também tiveram que aumentar a equipe como um todo. Com tantas funções dependentes da tecnologia, a organização teve um crescimento rápido de funcionários, chamado muitas vezes de hypergrowth (enorme crescimento), disse Kua.

Através do enorme crescimento, uma empresa muda muito rapidamente. Outras empresas como, Google, Twitter e Uber, escreveram muito sobre os desafios do rápido crescimento. Kua apresentou o Target Operating Model, que é uma visão compartilhada de onde a N26 quer estar nos próximos 6 a 8 meses. "É um modelo porque sabemos que não será perfeito", disse Kua. "Entretanto, isso dá a toda a organização uma visão compartilhada sobre como devemos trabalhar e nos estruturar para que tudo seja feito e não apenas no que vamos trabalhar".

Uma organização em diferentes escalas precisa trabalhar de maneiras diferentes, disse Kua. Em grandes escalas, precisamos criar um foco mais forte ou trazer novas habilidades e experiências. Isso geralmente significa a criação de novos papéis. Em um dos primeiros modelos, a organização trouxe gerentes de engenharia como forma de ampliar o suporte para as equipes. Também trouxeram o papel de engenheiro principal para ajudar a aumentar a liderança técnica e criar um foco no alinhamento técnico em toda a organização, onde fazia sentido.

O N26 está em sua terceira iteração (v1.2) do Target Operating Model, na medida em que tentam otimizar as estruturas organizacionais para a situação atual. O InfoQ conversou com Patrick Kua sobre o enorme crescimento e a autonomia do time.

InfoQ: Com que rapidez o N26 vem crescendo?

Patrick Kua: Somos um banco desafiador, com sede em Berlim, com a missão de sermos um banco que todos adorem e no fim do ano passado chegamos no Reino Unido. No final de 2017, tínhamos cerca de 450 mil clientes e recentemente anunciamos que temos 3.5 milhões de clientes em todo o mercado Europeu.

Como uma pessoa que trabalha com tecnologia há quase 20 anos, gostaria de cultivar o melhor ambiente possível para as equipes em um ambiente que muda rapidamente. Muitas vezes vejo-me dizendo que a administração se concentra em gerenciar e otimizar o sistema. Em tecnologia, isso significa pensar nas melhores estruturas possíveis que equilibram a autonomia e o alinhamento, minimizando a coordenação. Não é uma tarefa fácil, ainda mais com a rápida mudança de produto e demandas da equipe.

InfoQ: Quanta autonomia as equipes têm na N26?

Kua: A autonomia é interessante. O que tentamos fazer com nosso modelo operacional foi maximizar a autonomia e o alinhamento. Essas duas coisas são sempre difíceis e acho que uma das coisas interessantes é tentar ajudar as pessoas a entender os limites da autonomia. Onde podem se concentrar na autonomia, sabendo que a autonomia de todos é limitada em algum momento.

Somos regulados por leis. Nossa autonomia como empresa sempre será limitada até certo ponto, em comparação a outras empresas de tecnologia.

De um ponto de vista, tentamos criar áreas e equipes de produtos com foco no domínio. O objetivo era ter equipes que tivessem muita autonomia em termos de como moldar os serviços, funções ou recursos no produto. Os times podem trabalhar com outras equipes que tenham uma dependência, e a autonomia se torna um pouco mais difícil. As equipes também têm muita autonomia para escolher como gostariam de trabalhar.

Por exemplo, não somos religiosos sobre quais as práticas ágeis que as equipes usam. Algumas equipes gostam de usar o Kanban porque se concentram no fluxo. Outras equipes são um pouco mais baseadas em iteração, usando o XP ou o Scrum, onde planejam, revisam e fazem retrospectivas. Há muita autonomia em como as equipes trabalham.

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