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Qual é o seu superpoder? Neurodiversidade e tecnologia no QConSF 2019

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Qual é o seu superpoder? Elizabeth Schneider apresenta essa questão logo no começo de sua palestra sobre neurodiversidade na QConSF 2019, ao mesmo tempo em que explica à plateia como a compreensão de sua própria neurodiversidade deu a ela mais força para trabalhar com outros e entregar um bom trabalho. Entretanto, ela necessitou reconhecer que possui fraquezas, e que também precisava recarregar suas forças em uma fortaleza da solidão apropriada, assim como outros super-heróis fazem.

Schneider, uma engenheira de software autodidata e consultora na Microsoft, explicou que o autismo é algo que você é, não algo que você tem - você não pode ser curado disso. Pelo contrário, a neurodiversidade entre nós evoluiu, com um jeito diferente de pensar, e que pode melhorar a indústria da tecnologia - ou qualquer indústria. Descreveu como foi capaz de compreender melhor a si mesma e aos outros ao aprender mais sobre as diferenças nos estilos de comunicação e entendendo melhor sobre empatia.

Anos atrás, trabalhando como programadora, Schneider percebeu que se comunicava de forma diferente das outras pessoas após sua scrum master aplicar uma rápida autoavaliação sobre estilos de comunicação; a maioria da equipe estava em um quadrante totalmente diferente do qual Schneider estava. Isso a ajudou a reconhecer que poderia aprender a ajustar seu estilo de comunicação para adaptar-se às necessidades dos outros, e também para ajustar como os outros se comunicavam com ela. Schneider deu o exemplo no qual alguém do seu time daria um sinal (ficar batendo no pulso com o dedo) quando ela ficasse demasiadamente animada sobre algum assunto específico.

Entender a diferença entre empatia e simpatia também a ajudou a melhorar sua habilidade em comunicar-se com o equipe. Citando o trabalho de Brené Brown sobre empatia, Schneider falou sobre como ser capaz de "se colocar no lugar de outra pessoa" a ajudou a reconhecer melhor as necessidades do consumidor, do product owner, e dos membros da equipe.

Além disso, Schneider descreveu como ela trabalha em maneiras melhores de prover aconselhamento (algo prático), ao invés de feedback (frases genéricas como "isso ou aquilo foi bom" ), e assegurar que tenha tempo para processar a informação antes de realmente atuar nela.

Mesmo a comunicação e as interações com outros sendo importantes de se compreender, Schneider também lembra que algumas mudanças no ambiente, mesmo sutis, podem melhorar a produtividade. Citando a pesquisa sobre a temperatura nos escritórios, Schneider comenta que um pequeno aumento na temperatura do escritório pode resultar em um grande aumento na função cognitiva de mulheres. Além disso, incentiva a prática do "tempo focado" - quatro ou mais horas de tempo ininterrupto - onde um pensamento mais aprofundado pode ocorrer.

Quais são seus superpoderes? Sua Kriptonita? E onde fica sua fortaleza da solidão? Qualquer um que seja autista - ou neurodiverso - pode se beneficiar ao entender melhor seu estilo de comunicação, gatilhos negativos, e como recarregar suas forças.

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