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Agile é Jazz: improvisação, fluidez e liberdade

Adrian Cho, consultor e gerente de desenvolvimento na IBM, escreveu recentemente no blog CM Crossroads sobre a verdadeira busca da agilidade, comparando as organizações que praticam formas de gestão tradicional com as organizações ágeis. Ele usa a metáfora de música clássica versus jazz. De acordo com Cho, enquanto a música clássica é concebida segundo regras de forma e harmonia, o jazz se baseia em improvisação, liberdade e fluidez.

Na música clássica, lembra Cho, existe um comando centralizado do maestro; até mesmo a interação com o público é regida por convenções de etiqueta que dizem quando o público pode aplaudir ou não. No jazz, a liderança é rotativa, dinâmica e descentralizada. Os músicos colaboram para a construção da música ao mesmo tempo em que improvisam de acordo com as circunstâncias e o público é encorajado a interagir a qualquer momento.

Essa analogia pode ser estendida para o universo do gerenciamento. A contraposição entre as formas de gestão tradicionais e as abordagens ágeis muito se assemelham à contraposição da música clássica ao jazz, como podemos evidenciar na tabela comparativa a seguir:

             Gestão "clássica"

                       Gestão ágil

Regras, burocracia e ferramentas

    Improvisação, liberdade e fluidez

Centralização

    Autonomia

Hierarquia

    Liderança compartilhada e dinâmica

Foco nos processos

    Foco no público

O gerenciamento ágil, assim como o jazz, é baseado em indivíduos e suas interações, e na colaboração e resposta a mudanças. Essas características, segundo Cho, são essenciais para as empresas no contexto atual de incerteza e complexidade.

O autor separa os aspectos de performance das empresas em dois grupos, os internos das equipes e os externos agregados. Externamente, tem-se os resultados do trabalho das equipes: colaboração, entregas no prazo e qualidade. Os aspectos internos dizem respeito ao funcionamento das equipes: liderança, cultura e comunicação.

A agilidade funciona nos aspectos internos das equipes e na interação entre as diferentes equipes para produzir resultados externos superiores, isto é, entregas melhores. Cho diz que o caminho para a verdadeira agilidade vai além de escalabilidade e competência; envolve:

  • Liderança descentralizada
  • Autonomia
  • Improvisação e proficiência
  • Transparência
  • Comunicação aberta
  • Feedback honesto

O que mais chama a atenção na abordagem ágil, defende Cho, é a importância individual dos membros da equipe e a interação constante com a audiência, ou seja, o foco no cliente. Ele diz:

 

Enquanto ferramentas poderosas, tecnologia de ponta, processos detalhados e melhores práticas podem ajudar a atingir alta performance, esses aspectos são secundários pois a alta performance depende de pessoas talentosas guiadas pelos objetivos corretos.

 

Para finalizar, Cho afirma que exemplos da verdadeira agilidade podem ser encontrados em diferentes domínios. Para ilustrar algumas das ideias propostas no texto, selecionamos um vídeo do TED do jazzista americano Stefon Harris, com o título "Não existem erros no palco" (com legendas em português).

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