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As Previsões Pessimistas para o Ágil em 2012 Irão se Concretizar?

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Muitas previsões para o ágil em 2012 foram pessimistas, incluindo temas como adoção por organizações que estão despreparadas para o ágil, resultando na incapacidade de se tratar o impacto da gerência nas equipes e suas práticas de engenharia.

Apesar dos blogs citados logo abaixo também incluírem previsões positivas, o foco deste artigo é o aspecto preventivo delas. Com quatro meses do ano já transcorridos, os leitores podem tirar suas próprias conclusões, mantendo-se cientes do que evitar para que 2012 não seja um ano triste para o ágil.

No blog do Cutter Consortium, Gil Broza informa que teve dificuldades para chegar a suas previsões, mas o que acabou escrevendo aponta para a falta de habilidade das organizações em entender os porques e os comos do ágil, como um resultado sendo a falta de investimento na prevenção da dívida técnica.

Prevejo que muitas organizações mundo afora continuarão a adotar o ágil. A maioria delas o fará sem orientação de um expert, tendo resultados insatisfatórios, e pouco entendimento do porque destes resultados. As pessoas continuarão a se certificar em ágil enquanto outros questionem o valor e as implicações de tais certificações. As empresas ainda confiarão em caça talentos para contratar coachs ágeis, e se perguntam porque estes coaches não conseguem acertar as implementações ágeis da empresa. As organizações permanecerão agonizando no uso de micro-estimativas sobre backlogs super detalhados. Elas continuarão a gastar muito dinheiro na adição de profissionais a projetos cheios de dívida técnica, ao mesmo tempo em que não investirão nas habilidades e hábitos que seus desenvolvedores precisam ter para reduzir ou evitar o aumento da dívida. Os gerentes continuarão a usar termos como "Acabamos de contratar um recurso no desenvolvimento" sem dar a atenção devida a pessoa contratada.

Também no blog do Cutter Consortium, Mark Levison prevê que muitas empresas continuarão com adoções parciais do ágil, devido a continuidade de lideranças do tipo comando e controle e a falta de habilidade em se fazer maiores mudanças organizacionais necessárias para que as implementações ágeis sejam bem sucedidas.

Muitas empresas adotarão o Scrum ou o Kanban e verão poucos benefícios. Em muitos casos, tratam-se de adoções que não recebem o apoio necessário - é uma adoção apenas da boca para fora. Em alguns casos, as empresas começam a usar Scrum mas continuam a usar uma liderança do tipo comando e controle. Em outros casos, o Scrum trará a tona os problemas organizacionais, mas as pessoas argumentarão "Seria muito difícil mudar isso". Melhorias reais de desempenho vêm de um entendimento profundo de como o ágil funciona e de se comprometer de verdade com as mudanças, não de promessas vazias.

No site Accurev, Lorne Cooper prevê que todos reivindicarão serem ágeis, mas metade deles estará equivocada, e a metade do restante não colherá nenhum fruto da adoção das práticas ágeis. Ele explica que há muitas práticas ruins de desenvolvimento e que as organizações tem pessoal insuficiente, com pouco treinamento, e pouquíssimas ferramentas.

Há muitas, e eu ressalto muitas, práticas de desenvolvimento ruins por aí. Para cada organização que está acabando com estas práticas por meio do ágil, há outras cinco (meus amigos agilistas falam em dez) organizações que estão com dificuldades, entregando para seus clientes código cheio de problemas, perdendo prazos, ou sem funcionalidades prometidas. Frequentemente as três coisas juntas. Este problema de "Ir para o ágil sem saber como" é provavelmente uma consequência inevitável do sucesso das primeiras equipes que adotaram os métodos ágeis. Por exemplo, quando eu assisto as Olimpíadas, os patinadores fazem a patinação parecer fácil. Quando eu tento andar de patins, pareço desajeitado e me machuco. É difícil parar e lembrar que esses atletas, além da boa genética, gastam anos na pista com os seus treinadores aprendendo, tentando, falhando e melhorando, antes que eles apareçam diante das câmeras de TV. O ágil ficou popular, mas a maioria das organizações ainda têm poucas pessoas, com pouco treinamento, e praticamente nenhum ferramental. Claro, seu chefe não percebe quão inúteis são suas reuniões diárias, e que seu código não está plenamente testado no final do sprint, mas o que ele perceberá no final é que os clientes não estão satisfeitos.

Apesar deste artigo ter citado previsões pessimistas, elas são apenas parte das previsões para 2012 e adiante. Estamos interessados no que você realmente vivenciou e viu nestes últimos quatro meses com ágil; tanto suas experiências boas quanto as ruins.

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