A mais recente versão do popular gerenciador de pacotes do MacOS, o Homebrew, inclui suporte para Linux, limpeza automática opcional de pacotes e suporte a pacotes binários estendidos.
O suporte ao Linux, mesclado com o projeto Linuxbrew, ainda está em sua versão beta e se tornará estável na versão 2.0. Também permite o uso do Homebrew em sistemas Windows 10 com o Windows Subsystem para Linux instalado.
A limpeza automática destina-se a otimizar a ocupação do espaço em disco, removendo todos os dados intermediários que o Homebrew gera ao instalar os pacotes. Isso pode ser uma quantia significativa quando o Homebrew realmente constrói os pacotes a partir de fontes, em vez de apenas instalar binários. A limpeza automática é opcional, definindo o HOMEBREW_INSTALL_CLEANUP. Esse comportamento será desativado na versão 2.0, onde poderá definir a variável de ambiente HOMEBREW_NO_INSTALL_CLEANUP para desabilitar a limpeza automática.
O InfoQ aproveitou a oportunidade para falar com o mantenedor do projeto, Mike McQuaid.
InfoQ: O Homebrew 1.9 introduz suporte beta para Linux e Windows 10. Qual é a razão para ter o Homebrew nessas plataformas? Que benefícios traz e para qual tipo de usuário?
Mike McQuaid: Nós tivemos que rodar o Homebrew em alguns sistemas Linux para nosso próprio uso por um tempo. Além disso, houve um projeto chamado Linuxbrew que oficialmente suportou rodando no Linux por um tempo também. Estamos trabalhando mais próximos recentemente e decidimos mesclar a parte do gerenciador de pacotes dos dois projetos. Isso nos permitirá compartilhar esforços e ter uma base de código de melhor qualidade do que qualquer projeto sozinho.
O Linuxbrew (o nome que ainda será usado, por vezes, quando se refere ao Homebrew no Linux) é particularmente útil para usuários que têm acesso a um sistema Linux, mas não ao gerenciador de pacotes desse sistema (por exemplo, ambientes HPC). Como o Homebrew (e, portanto, o Linuxbrew) não usa root ou sudo após a instalação, ele permite o gerenciamento de pacotes a partir de um diretório home em uma máquina sem acesso root.
InfoQ: O que é fundamental para o sucesso do Homebrew com a comunidade de usuários, na sua opinião?
McQuaid: Fornecer uma ferramenta simples de usar, de alta qualidade e poderosa. A comunidade é incrivelmente importante para nós, pois confiamos neles para nos ajudar a corrigir erros e manter pacotes.
InfoQ: Já se passaram quase dez anos desde que o Homebrew nasceu em 2009 e dois desde que atingiu a versão 1.0. Como você resumiria a jornada do Homebrew na comunidade de usuários do macOS?
McQuaid: O Homebrew deixou de ser uma abordagem diferente para o gerenciador de pacotes macOS e passou a ser um gerenciador de pacotes padrão e respeitado para vários sistemas operacionais usados por milhões de usuários.
InfoQ: Você poderia revelar algo interessante no roteiro do Homebrew?
McQuaid: O Homebrew 2.0.0 executará a limpeza automaticamente, o que significa que o Homebrew irá gerenciar efetivamente o uso de espaço e o cache sem a necessidade de intervenção do usuário.
É possível instalar o Homebrew executando:
/usr/bin/ruby -e "$(curl -fsSL https://raw.githubusercontent.com/Homebrew/install/master/install)"
Homebrew foi escrito em 2009 por Max Howell, alcançando a versão 1.0 em 2016. Ele é desenvolvido em Ruby e usa uma linguagem específica de domínio para descrever as dependências de pacotes usando "fórmulas".