BT

Disseminando conhecimento e inovação em desenvolvimento de software corporativo.

Contribuir

Tópicos

Escolha a região

Início Notícias Gestão Agile: medidas empíricas visando entregas e valor real

Gestão Agile: medidas empíricas visando entregas e valor real

Favoritos

Johanna Rothman fez uma apresentação inspiradora no Agile 2016, sobre métricas para gestão de planejamento ágil. Ela começou reconhecendo os problemas atuais que as equipes ágeis estão enfrentando em medir seus resultados:

  1. O que medir?
  2. O que pode ser medido?
  3. O que é útil?

Para Rothman, o gerenciamento necessita de uma visão do todo, mas as equipes costumam ver apenas a visão de sua parte. Ela aponta que as equipes ágeis usam métricas que ajudam os times a se auto-organizarem e auto-gerenciarem. Entretanto, esses dados gerados não são significativos para a gestão.

Rothman também explicou que dependendo do tipo de planejamento, é necessária uma mudança nas métricas recomendadas. Destacou que a forma de uso de métricas hoje resulta de experiências anteriores (ultrapassadas) - quando não se podia depender de um fluxo de valor contínuo entregue pelo time. Por isso líderes muitas vezes solicitam medições preditivas em vez de empíricas.

Ela descreve os aspectos com que os líderes realmente se preocupam: a aquisição e a retenção de clientes, o crescimento de receita, a experiência do cliente e oportunidades para feedback. Para as empresas de SaaS (software como serviço), a experiência do usuário é crítica, pois o cliente conta com outras opções, se a experiência não for positiva.

Veja a seguir exemplos de mudanças de métricas que a apresentadora sugeriu, relacionando medidas preditivas com medidas empíricas (recomendadas):


Mude desta medição...
(Preditiva)

... para esta medição:
(Empírica)

Quando você vai terminar?
Quanto vai custar?

Quanto você está disposto a investir?
Existe um prazo fixo?

Estamos dentro dos prazos previstos?
Qual o valor agregado?

Veja o produto em funcionamento!

Quando teremos receita?

Podemos gerar retorno/valor agora.
Podemos liberar uma versão agora.

O que os usuários acham?

Podemos mostrar o progresso em relação aos critérios de lançamento.
Temos dados de satisfação dos clientes.

Rothman também descreveu em mais detalhes o que é importante medir:

  • Medir a aprendizagem: Podemos medir a aprendizagem? Obtenha feedback constantemente em pequenos incrementos, e pergunte, "Precisamos aprender mais?" Dessa forma, aprendemos a construir um ritmo sólido.
  • Medir tendências: Estamos criando mais erros do que podemos corrigir? Há mais erros que antes? O mais importante são os dados de tendências ao longo do tempo. Medidas instantâneas não fornecem informações suficientes.
  • Medir features completas: Os programas começam com épicos (epics) e temas, que parecem funcionalidades, mas são vagos e não descrevem o que será entregue. É melhor medir funcionalidades mais detalhadas a partir da perspectiva de valor do cliente.
  • Medir o gráfico Burn-up de Backlog de Produto: Responde parcialmente à pergunta "em que ponto estamos?", e mostra quando funcionalidades crescem em escopo, além de indicar o progresso geral. Deve-se contar o número de histórias para cada conjunto de funcionalidades e utilizar essas informações como métricas.
  • Medir o que se quer mais ou menos: menos WIP, menos multitarefa. Mais trabalho no software relevante para os usuários; mais usuários satisfeitos com a versão lançada.
  • Medir custos: Custo de execução: quanto custa a equipe por mês; estamos dispostos a desembolsar esse valor pelos resultados que estamos recebendo a cada mês?
  • Medir Lançamentos: Frequência de lançamentos - quanto tempo demora do build até o lançamento? Reduza o tempo de build para poucas horas! O tempo de build está aumentando ou diminuindo? Tempo de ciclo: quanto tempo demora para lançar uma funcionalidade que está pronta?
  • Medir Medidas de Produto: Criar cenários ou cenários de performance, em que usuários têm de efetuar login, transferir arquivos, fazer pagamentos etc. Quais são os atributos de performance dessas tarefas? As medidas de performance do produto podem ser um critério de lançamento. Melhoramos desde a última versão?
  • Medir Medidas Qualitativas: Feedback do cliente e nível de satisfação. Quantas vezes é obtido feedback dos clientes? Relatório de obstáculos: se há pessoas, há obstáculos. Quanto tempo se leva para tomar decisões? Aspectos fora do planejamento afetam a habilidade de produzir?

Ela concluiu citando erros comuns de medição e o que evitar: nunca meça a produtividade de um indivíduo ou de uma equipe; nunca compare pessoas que trabalham juntas; nunca faça comparações entre times.

Avalie esse artigo

Relevância
Estilo/Redação

Conteúdo educacional

  • Conclusão

    by RODRIGO LOPES,

    Seu comentário está aguardando aprovação dos moderadores. Obrigado por participar da discussão!

    Acho que na conclusão onde ela diz que não se deve nunca medir a produtividade de um indivíduo ou de uma equipe no meu ver acho que essa medição deve ser feita sim, porém não se deve utilizar essas métricas para premiar ou punir um indivíduo ou uma equipe, mas utilizar para saber onde se está errando e tentar melhorar esses pontos.

  • Re: Conclusão

    by ANDERSON MONZANI,

    Seu comentário está aguardando aprovação dos moderadores. Obrigado por participar da discussão!

    A questão é que existem outras variáveis que influenciam na produtividade de uma equipe, tais como fator de foco, complexidade da funcionalidade, entre outros. Sem contar que a quantidade de entrega não esta relacionada com a quantidade de valor agregado.

HTML é permitido: a,b,br,blockquote,i,li,pre,u,ul,p

HTML é permitido: a,b,br,blockquote,i,li,pre,u,ul,p

BT