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Conectividade 4G/LTE: tecnologias e perspectivas

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A aquisição crescente de smartphones e tablets gera uma demanda quase insaciável por conectividade e largura de banda nas redes celulares, fazendo os fabricantes de dispositivos móveis apostar alto no padrão 4G/LTE, a quarta geração de conectividade celular. Os dispositivos Android foram os primeiros a adotar a tecnologia, e mais recentemente o novo iPad passou a suportar conexões LTE.

Com grandes fabricantes abraçando esse avanço, é importante conhecer um pouco sobre o 4G/LTE e em que ponto estamos no Brasil com relação à sua adoção. Além disso, desenvolvedores de aplicações móveis já precisam se preparar para as oportunidades que surgem com velocidades dezenas de vezes maiores.

Origens do padrão

O Long Term Evolution (LTE) surgiu do trabalho de várias operadoras da Europa, Ásia e América do Norte na especificação de novas tecnologias de banda larga móvel. O LTE é a quarta geração de tecnologia de banda larga móvel, além de unificar dois padrões de tecnologias 3G que evoluíram separadamente ao longo dos anos: o EVDO, que evoluiu do CDMA2000, e as tecnologias WCDMA, HSPA e HSPA+; o LTE oferece menor latência e velocidades bem maiores que seus antecessores. Veja as tecnologias envolvidas em cada geração na figura abaixo (fonte).

Em um primeiro momento, o LTE deverá ser utilizado apenas para tráfego de dados pelas operadoras, a fim de suprir a demanda de uso da rede de dados, que tem crescimento muito maior que a demanda por canais de voz.

Detalhes da tecnologia

O LTE foi especificado para trabalhar com seis canais diferentes: 1,4 MHz, 3 MHz, 5 MHz, 10 MHz, 15 MHz e 20 MHz. Mas as velocidades mais altas somente são atingidas nos canais de 20 MHz, podendo chegar a impressionantes 100 Mbits por segundo de downlink e 20Mb por segundo de uplink (downlink é o nome dado ao sinal de comunicação que parte de um satélite em direção a uma estação terrestre). Seria o mesmo que baixar um arquivo a mais de 12 megabytes por segundo.

Para conseguir tal velocidade, o LTE utiliza as mesmas técnicas de modulação aérea utilizadas pelas redes WiMAX OFDM (Orthogonal Frequency Division Multiplex) e MIMO (Multiple Input Multiple Output).

Apesar de ter que seguir o padrão criado pelo 3rd Generation Partnership Project (3GPP), cada país tem autonomia para decidir qual frequência utilizar para disponibilizar o serviço. Nos Estados Unidos, por exemplo, as operadoras AT&T e Verizon oferecem a tecnologia desde 2011 para algumas cidades norte-americanas. Lá é utilizada a frequência de 700 MHz, que anteriormente era reservada às emissoras de TV para distribuir o sinal analógico (hoje totalmente substituído pelo sinal digital nos EUA).

Na Europa, as operadoras fizeram seus testes utilizando a frequência de 2.600 MHz. E alguns países têm como meta utilizar a frequência de 800 MHz, assim que as transmissões analógicas de TV e rádio forem totalmente substituídas pelas transmissões digitais.

O contexto brasileiro

No Brasil, a Anatel realizou um leilão para a frequência de 2.5 GHz, e a expectativa é de que o serviço esteja disponível nas principais cidades sede da Copa das Confederações, que ocorrerá em 2013.

A empresa Sky oferece, apenas em Brasília, conexões 4G através de um modem Wi-Fi fornecido gratuitamente. Vale notar que essa oferta não é voltada a dispositivos móveis (celulares e tablets), mas a redes domésticas ou corporativas. As velocidades oferecidas são relativamente baixas (2 ou 4 Mbps), mas trata-se de uma boa opção para quem vive em regiões mais afastadas, onde redes de celulares ou linhas de telefonia fixa não estão disponíveis.

Conclusões

A tecnologia 4G/LTE, embora claramente superior a suas antecessoras, ainda possui um custo alto de implantação, o que diminui a oferta do serviço em todo o mundo. Do ponto de vista dos aplicativos móveis, o 4G cria novas possibilidades para os aplicativos destinados a transmissões de dados (documentos, fotos, vídeos, emails etc.), além de jogos e aplicações de streaming, entre outros.

Com a expansão do uso da tecnologia e seu consequente barateamento, a nova tecnologia certamente beneficiará desde usuários de aplicações móveis a grandes soluções corporativas.


Sobre o autor

Alex Chiaranda (@aechiara) é Bacharel em Ciência da Computação pela Escola de Engenharia de Piracicaba. Especialista em porte e integração de sistemas nas linguagens C/C++ e Java, já prestou consultoria para órgãos do Governo e empresas como Borland e Ericsson. Apaixonado por jogos e tecnologia, mantém um blog pessoal sobre tecnologia, filmes e jogos.

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  • Medidor de Internet

    by Medidor de Internet,

    Seu comentário está aguardando aprovação dos moderadores. Obrigado por participar da discussão!

    É muito bom ter tecnologia e ir melhorando cada vez mais. Mas veja que estamos muito atrasados, países de primeiro mundo estão muito à frente. E o pior, é que essa tecnologia só chega nas grandes capitais, e o ferro velho da tecnologia anterior, vai sendo empurrado para as cidades do interior. A Anatel, ao conceder a uma operadora a exploração da nova tecnologia, deveria exigir que ela possa implementar isso em toda sua rede até um certo período, para que todos os cidadãos fossem beneficiados.

    Acabei de usar um medidor de internet no meu PC, e a minha banda larga vai tudo bem, estável. Agora, as tecnologias de celular, deixam a desejar por enquanto, variam absurdo.

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