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O Programador Artista

Muito têm se falado sobre a atividade de software se tratada como Artesanato, ao contrário uma tendência de Manufatura prometida pelas famosas "Fábricas de Software". Desta tendência surgiram livros como Software Craftsmanship, de Pete McBreen, Clean Code, de Robert Martin (Uncle Bob) e também um Manifesto do Artesão de Software.

Assumir que desenvolver software é uma atividade criativa fomenta uma comparação do então "artesão de software" para de fato um artista. Essa semana Scott Berkun, autor dos best-sellers The Myths of Inovation e Making Things Happen, escreveu um artigo em seu blog intitulado Why you are not an Artist.

No artigo ele explica que ser o melhor na área de projetar websites ou vender carros é definido como maestria. A forma de empregar essas habilidades que determina se você é um artista ou não. Ser um artista exige uma intenção específica.

Ele ainda simplifica em três pontos:
  1. Um artista é comprometido com suas idéias de forma a maioria das pessoas não são. Por isso assume vários riscos: a riqueza, a conveniência, popularidade da fama, ou mesmo perder amigos e família para proteger a integridade de suas idéias.
  2. Um artista não sacrifica seus próprios ideais. Nem faz regularmente compromissos importantes para satisfazer as opiniões de "superiores", que eles não respeitam.
  3. Um artista estaria disposto a assinar seu nome sobre o que dá para o mundo. Você tem orgulho do que sua empresa faz? Você sai pela porta com metade da alma que você põe nos seus projetos?

Para finalizar ele diz que se você faz pinturas, filmes, novelas ou coisas semelhantes, é claro que você é um artista! Mesmo que seu trabalho seja ruim, feito em tempo parcial, ou nunca ter sido remunerado, ainda sim você é um artista.

Agora, se você trabalha para clientes ou chefes em coisas que você mesmo não considera arte, você não é um artista. Você é um empregado. Você está sendo pago para alguém ter a liberdade sobre suas decisões criativas. Esse trabalho pode envolver inspiração, esforço, sacrifício, e até paixão, mas não é o mesmo que ser um artista.

E você leitor, considera-se um artista?

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