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DevOps: Migrando Operações de caixa-preta para caixa-branca

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Durante sua palestra no DevOps Days em Gothenburg, Mitchell Hashimoto, coautor da ferramenta Vagrant (para construção e distribuição de ambientes de desenvolvimento virtualizados) e administrador de sistemas na Kiip, propôs um roteiro para migrar as organizações de uma cultura de Operações caixa-preta para uma cultura caixa-branca (ideal), em que os desenvolvedores têm liberdade para mudar o ambiente de produção.

O roteiro de Mitchell visa, entre outras coisas, manter as aplicações e ambientes estáveis, promovendo ciclos de entrega e de feedback mais rápidos. O roteiro proposto é composto de cinco etapas:

  • Introdução de métricas e monitoração
  • Documentação de alto nível
  • Criação de ambientes de produção espelhados em desenvolvimento
  • Reserva de horas de trabalho para o DevOps
  • Automatização de testes de infraestrutura

Medir e monitorar o ambiente operacional facilita a compreensão da equipe de desenvolvimento sobre o desempenho e estabilidade operacionais. Embora existam muitas ferramentas de monitoração disponíveis, elas geralmente se distanciam dos desenvolvedores. Por meio da extração de dados e do feedback visual, por exemplo através de gráficos retratando a carga do servidor e o tempo de resposta, os desenvolvedores se mantêm informados sobre o que acontece nos sistemas em execução.

Documentar a infraestrutura com diagramas de arquitetura ou outros artefatos relevantes (por exemplo, o processo de implantação, a resolução de falhas, guias de ferramentas etc.), fornece uma visão sobre o ambiente de produção e também sobre o impacto das mudanças em todo o sistema, principalmente em escalabilidade e desempenho. Apresentações internas periódicas também ajudam a melhorar a visibilidade do lado da entrega de aplicações e aumentam o conhecimento de tecnologias ou ferramentas.

O espelhamento de produção em ambientes de desenvolvimento permite que os desenvolvedores se familiarizem com os scripts de produção e façam experimentos com menos receio. Garante-se que o esforço é recompensado pela reutilização de scripts e de ferramentas para a gestão dos ambientes de desenvolvimento e homologação, da mesma forma que o de produção. Além disso, o processo de implantação passa a ser rodado e testado dezenas ou centenas de vezes, antes que seja realmente usado em produção.

Outras mudanças culturais promovem uma cultura de DevOps, em que são reservadas horas semanais da equipe de desenvolvimento e da equipe de operações, com a finalidade de esclarecer questões de ambos os lados, ou mesmo executar conjuntamente algumas revisões de código. Isso favorece um ambiente de aprendizagem colaborativa e aumenta a integração entre as duas equipes.

Em uma alteração técnica final, é feita a automação de testes de infraestrutura (nos níveis de integração, unidade ou sistema). Isso cria mais segurança para os desenvolvedores e os estimula a fazer mais contribuições para atividades de operações. Com a automação e as mudanças já realizadas no ambiente e na cultura, as mudanças feitas pela equipe de desenvolvimento são controladas e fáceis de verificar pela equipe de operações.

Mitchell conclui salientando que todas as mudanças precisam ser realizadas de forma lenta e gradual, para que possam ser bem compreendidas e aceitas. Em especial, recomenda alternar cada mudança técnica com uma mudança cultural, o que dará margem de manobra para as alterações se estabelecerem.

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