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Governos dos EUA e Reino Unido adotam práticas ágeis como solução mais eficaz

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Em 2012, órgãos fiscalizadores dos governos dos Estados Unidos e do Reino Unido introduziram relatórios e diretrizes para o uso de práticas ágeis em projetos de desenvolvimento financiados pelo governo. Tanto o Government Accountability Office (GAO) dos EUA quanto o National Audit Office (NAO) do Reino Unido, recomendam o uso do Agile como abordagem para desenvolvimento de software nos departamentos governamentais. Também ofereceram diretrizes para a adoção de práticas e governança ágeis.

Segundo o NAO:

O Governo pretende utilizar o Agile tecnologia da informação, para reduzir os riscos de fracasso dos projetos. Em audiência do Comitê de Prestação de Contas em maio de 2011, ficou claro que o governo não considera o Agile apenas como método para melhorar o desenvolvimento de software, e sim como técnica para obter sucesso em mudanças organizacionais tecnológicas. Segundo um ex-secretário, "não existem projetos de TI; há projetos que envolvem TI". Tentar modificar todo o sistema nacional em uma implantação "big bang" de um único dia estaria fadado ao fracasso em quase todas as situações.

De maneira similar, o relatórido do GAO diz:

As agências federais dependem da TI para realizar suas missões e gastaram mais de 70 bilhões de dólares em TI no ano fiscal de 2011. Entretanto, em vários exemplos de projetos de longo prazo, foram identificados estouros de orçamento e atrasos no cronograma, além de pouca contribuição para os objetivos propostos. De modo a reduzir esses riscos, o Ministério de Orçamento e Gestão recomenda a entrega modular de software, consistente com a abordagem conhecida como Agile, que prega o desenvolvimento de software em pequenos incrementos e intervalos curtos.

Em março de 2011, o Institute for Government do Reino Unido defendeu o uso de metodologias ágeis para projetos de TI governamentais, indicando que processos de "melhores práticas" existentes não são capazes de lidar com as falhas sistêmicas dos métodos tradicionais.

O relatório norte-americano tem como objetivo identificar padrões de governança eficazes e abordagens ágeis para projetos, estabelecendo quatro princípios de governança:

  • A governança deve espelhar a filosofia dos métodos ágeis - executar uma tarefa apenas se agregar valor ao negócio, sem introduzir atrasos;
  • Equipes ágeis devem decidir a respeito de metas empíricas de desempenho e acompanhamento a serem utilizadas;
  • A gerência sênior, assessores externos, usuários e a equipe de TI devem atuar em parceria para garantir a qualidade do projeto; essa abordagem colaborativa é uma mudança essencial na forma de pensar e agir;
  • A avaliação externa e as revisões das entregas ágeis devem focar nos comportamentos das equipes, não apenas em processos e documentação.

O relatório britânico, por sua vez, identificou desafios comuns para a adaptação e utilização da abordagem ágil no governo federal:

  • Equipes tiveram dificuldades em colaboração e dificuldade em se adaptar ao trabalho autogerenciado;
  • Procedimentos de licitação e outras formas de aquisição podem não se adaptar a projetos ágeis;
  • Houve clientes que não confiavam em soluções iterativas;
  • Equipes tiveram dificuldade em se comprometer com novos requisitos e suas alterações, e também em gerenciar requisitos iterativamente;
  • Agências tiveram problemas para manter as equipes comprometidas;
  • Revisões e auditorias se mostraram difíceis de executar dentro do período das iterações;
  • A adoção de novas ferramentas foi difícil;
  • As práticas de comunicação governamentais não se alinhavam com a abordagem ágil;
  • Revisões tradicionais de artefatos conflitaram com o Agile;
  • O monitoramento tradicional do progresso não se alinhava à abordagem ágil.

O relatório do Reino Unido identificou também práticas e abordagens que se provaram bem-sucedidas nos projetos federais:

  • Começar com diretrizes ágeis e uma estratégia de adoção de agile;
  • Reforçar a adoção dos conceitos ágeis utilizando termos do Agile, tais como histórias do usuário; além de fornecer exemplos ágeis, por exemplo demonstrar como escrever essas histórias;
  • Melhorar continuamente a adoção do Agile tanto no nível de projetos quanto no nível organizacional;
  • Buscar identificar e resolver impedimentos em nível organizacional e de projetos;
  • Obter frequentemente feedback dos clientes e partes interessadas;
  • Empoderar equipes e encorajar a formação de equipes pequenas e interdisciplinares;
  • Incluir requisitos relacionados à segurança e ao monitoramento do progresso na fila de trabalho não concluído (o backlog);
  • Conquistar confiança por meio da demonstração de valor ao final de cada iteração;
  • Monitorar o progresso utilizando ferramentas e métricas, diariamente e de forma visual.

Os relatórios estão disponíveis em PDF nos sites do GAO e do NAO.

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Conteúdo educacional

  • Avisem o TCU!

    by Roberto Bressan,

    Seu comentário está aguardando aprovação dos moderadores. Obrigado por participar da discussão!

    É bom mandar uma cópia para o TCU (Tribunal de Contas da União) onde o controle por pontos de função é o graal.

  • Enquanto isto...

    by Roberto Rizzo,

    Seu comentário está aguardando aprovação dos moderadores. Obrigado por participar da discussão!

    Enquanto isto, em algum lugar, licitações são feitas com base em propostas de preço e prazo fixo, método waterfall, metrificação por APF com produtividade chutada e sangue, suor e lágrimas.

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